terça-feira, 10 de julho de 2012

Alguns critérios para inclusão dos autistas

  Seriam:
  • A escola deve conhecer as características da criança e prover as acomodações físicas e curriculares necessárias.
  • O treinamento dos profissionais deve ser constante e a busca de novas informações um ato imperativo.
  • Deve-se buscar consultores para avaliar  precisamente as crianças.
  • A escola deverá preparar-se, bem como os seus programas, para atender a diferentes perfis, visto que os autistas podem possuir diferentes estilos e potencialidades.
  • Os professores devem estar cientes que inclusive a avaliação da aprendizagem deve ser adaptada.
  • É necessário estar consciente que para o autismo, conhecimento e habilidades possuem definições diferentes.
  • É preciso analisar o ambiente e evitar situações que tenham impacto sobre os alunos e que as performances podem ser alteradas se o ambiente também for.
  • A escola deverá prover todo o suporte físico e acadêmico para garantir a aprendizagem dos alunos incluídos.
  • A atividade física regular é indispensável para o trabalho motor.
  • A inclusão não pode ser feita sem a presença de um facilitador e a tutoria deve ser individual. Um tutor por aluno.
  • A inclusão não elimina os apoios terapêuticos.
  • É necessário desenvolver um programa de educação paralelo à inclusão (a autora propõe o ABA) e nas classes inclusivas o aluno deve participar das atividades que ele tenha chance de sucesso, especialmente das atividades socializadoras.
  • A escola deverá demonstrar sensibilidade às necessidades do indivíduo e habilidade para planejar com a família o que deve ser feito ou continuado em casa.
  • Ao passo que as pesquisas sobre o autismo forem se aprimorando, as práticas também deverão ser e por isso, é importante a constante atualização dos profissionais envolvidos.
Os critérios apresentados têm sido úteis nas escolas inglesas que estão investindo na inclusão de crianças autistas ( Cutler, 2000).  
Para haver inclusão é necessário que haja aprendizagem, e isso traz a necessidade de rever os nossos conceitos sobre currículo. Este não pode se resumir às experiências acadêmicas, mas se ampliar para todas as experiências que favoreçam o desenvolvimento dos alunos normais ou especiais. Sendo assim, as atividades de vida diária podem se constituir em currículo e em alguns casos, talvez sejam “os conteúdos” que serão ensinados. A questão que podemos e devemos levantar é se a escola representa para a criança especial, um espaço significativo de aprendizagem, e sendo a resposta positiva, podemos então afirmar que desenvolvemos práticas inclusivas.

Minha Lindinha

Quando o garoto cadeirante chegou a escola, você não mandou que ele subisse pelas escadas, você construiu uma rampa. Quando chegou a menina cega, Você colocou guias no chão e comprou uma máquina de braille. Não mandou ela enxergar. Quando veio o menino surdo-mudo, você contratou aquela tia de libras, que está ensinando todos nós. Não falou pra ele escutar... Por que é diferente comigo? Por que pra mim você diz que tenho que ser igual a todos os outros? que tenho que me adaptar? É SÓ PORQUE EU SOU AUTISTA? Manuel Vazquez Gil

Isabela dançando quadrilha !

A inclusão através da escola, em contrapartida, possibilita uma interação entre crianças da mesma faixa etária, portadores da síndrome ou não, despertando o interesse das crianças autistas nas atividades, desenvolvendo a competência social e estimulando a socialização e também a questão educacional. Conforme o art. 54 do Estatuta da Criança e do Adolescente (ECA) é obrigação do Estado garantir atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência preferencialmente na rede regular de ensino.

A convivência entre as crianças é uma maneira de diminuir o preconceito em relação à síndrome e seus portadores. A partir dessa interação social as crianças não autistas têm uma aprendizagem através da vivência com o diferente e desenvolvem o respeito às limitações do próximo. Para o autista, aprender a interagir com os demais não é uma questão fácil, porém não tem como ser diferente.  A vivência escolar tende a minimizar ou evitar problemas comportamentais, já que os autistas aprendem desde cedo que podem usar seu comportamento para controlar o meio.

Quadrilha da Isabela (Diga sim a Inclusão)

TODAS AS CRIANÇAS SÃO BEM-VINDAS À ESCOLA
A inclusão é uma inovação, cujo sentido tem sido muito distorcido e um movimento muito polemizado pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais. No entanto, inserir alunos com déficits de toda ordem, permanentes ou temporários, mais graves ou menos severos no ensino regular nada mais é do que garantir o direito de todos à educação - e assim diz a Constituição !O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das práticas pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue atingir esse sucesso, quando a escola regular assume que as dificuldades de alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada. Pois não apenas as deficientes são excluídas, mas também as que são pobres, as que não vão às aulas porque trabalham, as que pertencem a grupos discriminados, as que de tanto repetir desistiram de estudar.